quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Encontro com as adolescentes da Associação Criança e Família.

A proposta do encontro de hoje era planejar as últimas cenas do documentário. As cenas de ligação, que dariam coerência ao enredo já filmado. Tínhamos pensado também, em utilizar este momento para planejar o encontro com os pais, o que faríamos, como seria feito e etc. Combinamos com elas que na próxima semana gravaríamos as últimas três cenas de ligação e na quinta-feira (Dia 1) fecharíamos nossas atividades com uma festinha de encerramento e um amigo secreto. Ficou combinado ainda que iramos voltar pra fazer a atividade com os pais e no ano que vem para exibir o documentário já editado.

No entanto, hoje encontramos poucas meninas e que não estavam muito dispostas a conversar, escrever ou dar sugestões para essa construção. O assunto sempre dispersava e conseguíamos com algum esforço algumas ideias. Foi quando Raiumunda leu uma mensagem que falava sobre a mulher e a sua ascensão ao longo do tempo. O que permitiu que eu fizesse um link com algo que tinha separado pela manhã como carta na manga.

Percebendo que a única discussão que não houve com as adolescentes foi sobre a diferença de gêneros e a opressão sofrida pela mulher na expressão da sexualidade separei três letras de pagode (Mulher é igual a lata, Patinha e Botar na Geral) e propus a discussão. Elas acabaram se animando e ficaram falantes. Começaram a citar músicas e cantar músicas com letras que explicitavam relações sexuais, nas quais as mulheres estavam sempre na posição de objeto e de inferioridade. 

Foi muito rico o debate, todas as meninas se posicionaram. Algumas inclusive falaram sobre a dança, que era envolvente e que dançavam sem questionar a letra. Foi importante no sentido de suscitar a critica, entender aquilo que é dito. Foi importante trabalhar na lógica da redução de danos, pensar que o corpo também expressa uma linguagem e que muitas vezes com a dança a mulher acaba se desvalorizando ou passando mensagens utilizadas pelos homens para legitimar o seu discurso opressor.

A discussão foi interessante, o sexo foi pensado como saúde e não como violência. Sexo que deve ocorrer entre iguais e não em uma relação de submissão e subjugação ao desejo do outro. Com isso, construímos uma cena de ligação baseada nessa discussão. Duas meninas ficaram responsáveis por trazer a música e a caixa de som no próximo encontro. O planejamento da reunião de pais também ficou para o próximo encontro após as gravações. 


Camilla Veras
Psicóloga em Formação

sábado, 5 de novembro de 2011

5º encontro com as adolescentes

Havia poucas meninas na associação devido à chuva. Pensando em alguns pontos levantados por elas no encontro anterior, iniciamos o encontro com informações e demonstração do uso dos preservativos feminino e masculino. Passamos também um atlas com informações e imagens das DSTs. Como sempre estiveram atentas e se mostraram interessadas com as informações.
Em seguida fizemos duas cenas que ilustravam duas possibilidades de relação entre mãe e filha se tratando da sexualidade. Uma que tratava com coerção, outra que se abria ao diálogo ao encontrar um preservativo dentro da bolsa da filha. Foi unânime que a primeira situação é mais comum, e algumas delas relataram situações em que as mães foram mais duras do que nós mostramos, e uma adolescente disse ter vivido isso em casa, onde a mãe havia expulsado sua irmã por ter engravidado.
Pedimos a elas que participassem da construção e atuação nas cenas seguintes. Repetimos as que havíamos feito e adicionamos uma cena em que a professora explica à mãe a importância da educação sobre sexualidade e outra em que a mãe chega em casa e fala à filha da necessidade de fazer o planejamento familiar na USF. Todas as cenas feitas tiveram tom de descontração, provocando muitas risadas e divertimento em todos.
Percebemos a necessidade de um encontro com os pais para abordar o assunto, o que foi também pedido por uma das meninas. A coordenadora Mônica já havia falado com a acs Raimunda sobre esse encontro, e pretendemos construir mais essa atividade em parceria com a associação.

Gessica Aquino
Psicóloga em formação

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Encontro com os idosos- 01.11.2011


Na ultima reunião do grupo, que aconteceu no dia 1º de Outubro de 2011, foi visto pelos integrantes da 3º idade, uma roda de discussões sobre as doenças mais acometidas pela sua faixa etária. As doenças enfocadas foram a hipertensão e o derrame (acidente vascular cerebral) as quais foram ministradas por Cleane (Preceptora) e estagiários.
Ao decorrer da reunião, foram colocados pelo grupo apresentador os tópicos mais importantes acerca das doenças, como as causas, sintomas, formas de prevenções e etc. A linguagem apresentada foi acessível para todas as pessoas à volta, sem deixar de serem colocados fatos importantes. Foi perceptível o entendimento geral das mesmas, alem disso, apresentando questionamentos e relatando casos pessoais ou dos próximos. Foi frisado mais uma vez, como é importante se manter atento a saúde, e como é comum na faixa etária deles, a prevalência dos problemas de saúdes apontados.
Logo após a roda, foi ministrado pela estudante de fisioterapia Layla Cupertino, uma pequena sessão de alongamentos, o qual todos os integrantes do PET – saúde e os idosos participaram da mesma, através do esclarecimento prévio da importância dos exercícios físicos para a prevenção de varias patologias e aumento da qualidade de vida. Juntamente com os alongamentos, a estudante complementou a sessão com uma técnica de musicoterapia associado hipertensão, explicando a todos os benefícios dessa técnica que usa musica clássica e como ela pode ser aplicado ao dia-a-dia.
Para o próximo encontro, todos os integrantes inscritos no grupo de terça-feira do Alto do cruzeiro deverão estar presentes para uma reunião com a preceptora do grupo de quinta-feira do Alto do cruzeiro, o qual o tema a ser discutido é de suma importância para todos. E também, organizar o que será realizado com os idosos nas próximas reuniões. Ate então, não há nada programado com o grupo da 3º idade.
Layla Cupertino
Graduanda em Fisioterapia

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Encontro dos idosos com advogada

No dia 13/09/2011, a advogada drª Karina, que trabalha com o direito do idosos no NUDH (Núcleo de Direitos Humanos) prestigiou o nosso encontro com sua presença, dialogando com os idosos sobre  os seus direitos e, principalmente, relatando histórias ocorridas na sua profissão. Esses relatos foram importantes para mostrar não só aos idosos mas a nós estudantes, que se cada um fizer sua parte, exigindo seus direitos ou denunciando a impunidade quando necessário, poderemos ter um país onde os idosos serão mais respeitados e amados.
As expressões de surpresa e admiração foram constantes durante o encontro, como se cada idoso pensasse: "Nossa, podemos lutar pelos nossos direitos!! isso é possível sim!!"
Após o diálogo com drª Karina, assistimos a cenas da novela Mulheres Apaixonadas, na qual um casal de idosos sofria rejeição por motoristas de ônibus que não paravam no ponto para apanhá-los.
O encontro foi finalizado com lanches e muitos agradecimentos.

Susanne Souza
Graduanda em Farmácia - UFBA

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Encontro com os idosos- 18.10.2011


A reunião do dia 18 de outubro com o grupo de idosos de Alto do cruzeiro focou na promoção do bem estar através de técnicas de massoterapia, realizada pelo massoterapeuta Ronaldo Santiago, também membro do PET Saúde.
As técnicas foram reproduzidas por cada um de nós em todos os idosos, com o auxilio de do profissional, que demonstrou e explicou os benefícios da massoterapia para melhora da qualidade de vida, por meio do alivio o estresse.
Tivemos uma resposta muito positiva do público que relatou terem esquecido os problemas naquele momento, devido ao relaxamento promovido. Era notória a satisfação do grupo e marcantes as frases ditas pelos idosos ao final do encontro, entre elas a de uma idosa que disparou: “Mãos de fada, mãos de fada! Que Maravilha essa massagem!” 
A intenção de trazer a massoterapia para o encontro era colocar em prática o tema promoção da saúde debatida na reunião anterior, através da tentativa de aliviar as tensões físicas e até mesmo emocionais que prejudicam a saúde e resultam numa queda da qualidade de vida, e também incentivamos o grupo de idosos para que eles ensinassem aos netos e filhos como fazer a massagem para que posteriormente eles pudessem receber.
O encontro terminou com uma deliciosa salada de frutas e um clima de confraternização entre os idosos e os membros do PET.

Carolina Veras
Graduanda em Fisioterapia.

domingo, 23 de outubro de 2011

4 º encontro com as adolescentes - 20.10.2011

No dia 20.10.2011 ocorreu o 4 º encontro com as adolescentes da Associação da Francesa. Demos continuidade ao planejado nos encontros anteriores e que trouxemos informações mais fundamentadas a respeito das principais dúvidas levantadas pelas meninas. A atividade começou com a exibição de dois curtas do Ministério da Saúde. O primeiro abordou questões a respeito do ficar, da primeira vez, da masturbação, dos métodos contraceptivos e da estrutura fisiológica dos órgãos sexuais femininos e masculinos, através de uma histórinha encenada por ex-atores da novela Malhação. No segundo curta selecionamos trechos que falavam sobre as DSTs e sua sintomatologia e também sobre o HIV/AIDS, explicando sua forma de transmissão, tratamento e os principais mitos relacionados ao contágio.

Depois da exibição dos filmes, as meninas fizeram algumas perguntas sobre o período menstrual, o período fértil, sobre as mudanças corporais e outras questões, que foram respondidas pelo grupo. Após este momento, foi proposto a construção de uma nova cena, porém as meninas estavam desaquecidas e demonstraram uma indisposição para atuar e criar. No entanto, isto foi resolvido quando de pé, elas próprias começaram a dar sugestões para a criação do cenário e do contexto em que se desenvolveria a história. Que seria: Uma festa do pijama na casa de uma delas. A história se passaria neste encontro de amigas que contariam umas as outras com quem tinha ficado, transado ou gostaria de transar e a partir de então tirariam dúvidas e trocavam informações como de fato um grupo de amigas. 

Após a entrada de uma das adolescentes, que é mais animada e acaba contagiando o grupo, as meninas aqueceram de fato e o ensaio fluiu de uma forma que tivemos que gravar. A conversa das meninas surpreendeu todo grupo porque elas extrapolaram assuntos que a gente nem tinha debatido. Foi muito rico, pois o bate-papo contemplou tanto a linguagem delas, como também temas como aborto,  perigo do uso de chás como método abortivo, uso de preservativos (inclusive o feminino, que nos comprometemos a trazer no próximo encontro), métodos contraceptivos, houve trocas de conselhos no sentido de alertar sobre as consequências de uma gravidez prematura e não planejada, tanto no sentindo de reforçar a importância do auto-cuidado e da valorização da mulher (quando elas diziam que tinham que levar a camisinha, que só transavam de camisinha e que se o cara não quisesse que e daria um fora nele). 

A hora do momento oficial de gravação ainda foi melhor, os diálogos estavam de fato naturais e parecia realmente um encontro de amigas. O que comprova que esta forma de transmissão de conhecimento, partindo da leitura de mundo e da valorização do saber prévio que as meninas possuem, colocando-as como ativas no processo e não apenas receptoras de informações, é mais do que eficaz. O conhecimento parece ser construído de forma a fazer sentido para a realidade das mesmas, se adequando ao cotidiano das meninas e sendo fixado a partir da linguagem que elas dominam, a linguagem própria da sua faixa-etária, do seu grupo sócio-econômico e cultural.

Transformar termos científicos em termos coloquiais e com funcionalidade prática, a partir de exemplos ilustrativos que tragam a sua própria realidade nos mostra que o conhecimento fica e é perpassado em forma de conselhos. Porque passa a fazer sentido. As informações são significadas e não apenas absorvidas. Assistir uma roda real de conversa entre as meninas é muito satisfatório e renova todas as energias, pois é o maior sinal de que mesmo com falhas estamos no caminho certo. 

Pode parecer utópico acreditar numa transformação geral da realidade do Alto do Cruzeiro, no que tange questões sobre sexualidade e os altos índices de gravidez prematura, aborto e DSTs, no entanto, é possível sim acreditar que estamos plantando sementes e produzindo futuras multiplicadoras. Esse é o resultado incomensurável de cada encontro com as adolescentes, esse resultado não é quantificável, é construido no dia-dia, no subjetivo, assim como as transformações mais estruturais que já ocorreram em nossa sociedade.


Camilla Veras
Psicóloga em Formação - UFBA

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

2ª SEMANA DE COLETA DE DADOS - 19-10-2011

Hoje foi o segundo dia da coleta de dados para a nossa pesquisa sobre a importência da sala de espera e satisfação dos usuários da unidade Alto do Cruzeiro. Assim que chegamos ao contrário da semana passada o posto estava muito movimentado, estava havendo uma Campanha de Avaliação Nutricional para as crianças, então conseguimos um bom número de questionários respondidos.
Pude notar que algumas pessoas se sentiram desconfiadas com o motivo daquelas perguntas, ou responderam com certo receio por ter funcionários do posto próximo ao local. Apesar disso algumas foram diretas e pude notar em suas respostas que elas sabiam exatamente do que precisavam, mas não sabiam a quem deveriam recorrer para deixar suas críticas. Ovi frases do tipo: "O atendimento é muito bom, mas acho que deveria ter uma sala separada para falar sobre saúde". "Queria receber informações sobre como devo usar o medicamento". "Quero saber meus direitos, por que aqui só tem o que eu devo fazer, e  meus direitos?"
No mais, foi isso, acho a coleta de dados está sendo ótima e os resultados vão ser mais ou menos o que esperávamos.

Larissa Santos - Graduanda em Nutrição - UFBA

Larissa Oliveira
Ana Paula
Pedro





quinta-feira, 13 de outubro de 2011

3° ENCONTRO COM AS ADOLESCENTES - 13/10/2011

Para o dia de hoje esperávamos o programado. Iríamos assistir um vídeo que traz informações sobre sexualidade, relacionamentos e DST’s, haveria uma diálogo acerca do que foi aprendido e partiríamos para a oficina que construiria a cena a ser gravada para o nosso documentário. Ao chegarmos, nos deparamos com  festividades. As meninas estavam se pintando, colocando fantasias, tudo num alto astral. Chegamos e nos inserimos naquela dinâmica inusitada. Ao que constava nas palavras do professor Saulo e da coordenadora Mônica, as meninas apresentariam uma dança para os pequenos da creche, assim como havíamos acordado em fazer. Foi uma festa! Os pequenos, bem pequenos, todos agitados, pulando, brincando, dançando. As meninas faziam filas para pintar toda aquela galerinha. A música começou e as meninas começaram a dançar. Uma linda apresentação. Ao fim, confirmamos a nossa presença no próximo encontro.

Ronaldo Santiago
Estudante de Psicologia.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

SEGUNDO ENCONTRO COM O GRUPO DAS ADOLESCENTES 06/10/2011


Ao chegarmos à comunidade Alto do Cruzeiro, reencontramos as meninas, que estavam muito ansiosas, demonstrando muito entusiasmo com a nossa chegada. Algumas estiveram presentes no primeiro encontro não compareceram, enquanto outras estavam indo pela primeira vez. Por isso, pedimos as meninas que estavam no último encontro que explicassem o propósito do nosso trabalho. Para nossa felicidade, elas explicaram tudo com muitos detalhes, não só o nosso projeto, mas também um pouco das dinâmicas realizadas na semana anterior e significado de cada uma delas. 


Passado este primeiro momento, sugerimos que as meninas escrevessem suas dúvidas sobre sexualidade, já que no encontro anterior foi acordado que começaríamos o documentário com as principais dúvidas sobre  o que elas já tinham ouvido, visto, lido ou algo que elas gostariam de saber mais um pouco e nunca tiveram oportunidade de saber mais a fundo. 


O propósito deste exercício era de ouvir as meninas, e fazer uma leitura de mundo dos seus conhecimentos prévios sobre o tema. A ideia da caixa de perguntas era de permitir uma maior liberdade as adolescentes para que elas perguntassem aquilo que quisessem sem a necessidade da identificação. Logo no início, houve uma pequena resistência das meninas em descreverem questionamentos sobre este tema, demonstrando que mesmo com toda a naturalidade que falamos de sexo, preservativos e etc, ainda existe um tabu em assumir que já tem certo conhecimento sobre o assunto. 


No entanto, conseguimos contornar satisfatoriamente este primeiro desconforto. Pedimos que elas simplesmente escrevessem algo que mesmo se não fosse uma dúvida, elas achassem importante, que todas soubessem e frisamos a importância da informação e conhecimento sobre a sexualidade como um todo.  Após as meninas relaxarem um pouco, todas escreveram suas dúvidas, demonstrando que elas entenderam o propósito da nossa dinâmica. 


A partir disso, lemos todas as dúvidas e lançamos o desafio de como fazer toda aquela informação gerada se tornar cena do nosso documentário. As meninas sugeriram a seguinte cena: O final de uma aula onde a professora abriria espaço para as estudantes fazerem perguntas e neste momento cada uma faria uma pergunta. Achamos a ideia muito interessante e já a colocamos em ação. Foi proposto a divisão dos papéis, uma das meninas se voluntariou a ser as professora e as demais foram as estudantes. Após todas as perguntas, as meninas que sabiam responder  iam respondendo as perguntas umas para as outras. As demais perguntas ficaram de ser respondidas na próxima “aula”, (próxima cena do documentário).


Depois da filmagem fizemos uma roda com as meninas e respondemos algumas dúvidas levantadas. Ficou decidido que traríamos mais  informações no próximo encontro sobre todas as perguntas. Neste momento podemos perceber que as meninas já tinham ouvido falar de muitas doenças, mas não sabiam como se manifestava no organismo, apontaram AIDS como primeira doença conhecida.


Então começamos a descrever um pouco da sintomatologia das DST’s. Desconstruímos alguns preconceitos sobre o contágio das AIDS, falamos sobre a importância do exame preventivo, do planejamento familiar, enfim, este foi o momento em que mais nos aproximamos da realidade das meninas e tentamos de forma clara  e através do diálogo construir e reconstruir importantes conceitos de saúde e cuidado que atravessam as vidas dessas adolescentes. 


Para o próximo encontro, ficou combinado de concluímos esta etapa das perguntas e levarmos um atlas com algumas ilustrações das principais DST’s, algo que foi solicitado pelas meninas como forma de identificação, prevenção e prognóstico das doenças.


Emily Karle
Graduanda em Farmácia.


Camilla Veras
Ronaldo Santiago
Psicólogos em Formação

Encontro 31/08/ 2010 - Grupo IDOSOS

Depois de está a mais de um mês sem desenvolvermos encontro com os idosos, devido à greve das ACS, voltamos a nos encontrar com eles, mais uma vez um encontro muito gratificante, com entusiasmos e muitas trocas de experiência.

O encontro foi iniciou as 9:00 da manhã, com a aplicação de uma dinâmica, onde tinha como principal objetivo, a reintegração do grupo e trazer à tona lembranças de sentimos que seriam importantes na discussão.

A dinâmica se chamava teia de sentimentos , e pode-se se observar que os participantes tinham depoimentos parecidos, a dinâmica propunha que cada pessoa se identificasse com o nome e duas palavras , uma que significasse algo bom e outra que demonstrasse algo ruim, dentre os depoimentos a maioria deles diziam que não gostavam da palavra Morte, nem da palavra fofoca, e dentre as boas palavras a que mais foi destaque foi AMOR. Assim foi explicado no final que o objetivo da dinâmica era entender que nossos sentimentos sejam eles bons ou ruins sempre são compartilhados com alguém, e assim se formam as teias, dessa forma é importante saber que tudo que sentimentos reflete em alguém que está próximo ou até mesmo longe.

Após a dinâmica, foi explícito para os idosos o material conseguido no Ministério Público, Cartilha do idoso, onde constam de informações, como o direito dos idosos, bem como telefones úteis em caso de defesa do idoso.

A explanação a respeito desse material foi feito com apresentação de slides e posterior discussão. Em seguida apresentou-se um filme demonstrando uma família que havia exploração e desrespeito ao idoso, e também houve discussão do mesmo. Foi servido um lanche, e como toda vez, os agradecimentos deles, que realmente é a melhor parte, muito muito gratificante.

sábado, 1 de outubro de 2011

Primeiro Encontro com o grupo das adolescentes - 29/09/2011

Quando chegamos à comunidade Alto do Cruzeiro encontramos todo o nosso público, as adolescentes da comunidade reunidas juntamente com sua coordenadora, Mônica e seu professor de dança, Saulo.O clima era de descontração, mesmo que risos nervosos explodissem revelando um tanto de ansiedade ao que seria trabalhado. Iniciamos nosso encontro lançando uma pergunta, que era saber o nome delas, quem escolheu e o porquê. Foi um momento bastante descontraído onde ouvimos relatos diversos de como elas receberam seus nomes e de como se relacionavam com os seus significados.

Em seguida fizemos uma dinâmica bastante interessante com bombons, onde cada pessoa teria que pegar um bombom na mesa com os dois braços estirados e tentar abrir e comer sem sair dessa posição. A experiencia foi satisfatória a reação de todos que entenderam a essência da dinâmica em que cada pessoa tinha que auxiliar a outra para conseguir abrir e comer o bombom, no final da dinâmica discutimos a finalidade da mesma e logo em seguida elas nos propuseram a participar de outra dinâmica muito interessante também, cada pessoa tinha que dar a mão a outra que não tivesse ao seu lado formando uma verdadeira teia de aranha e fazendo jus como elas nomearam de dinâmica do nó, após todos estarem de mãos dadas o objetivo era desfazer os “nós” tentando abrir uma roda sendo que ninguém poderia soltar a mão do outro, demoramos alguns minutos para conseguir, mas conseguimos tirar todos os “nós” e formar um grande círculo.
Elas nos mostraram a importância desta dinâmica relacionando juntamente com a anterior de que não podemos viver sozinhos e que somos capazes de desatar os ‘nós” da nossa vida. Após  o final das dinâmicas iniciamos uma discussão onde propusemos a elas reuniões como esta, mas abordando o tema sexualidade e para concretizar esse trabalho um curta metragem produzido por elas (autoras, diretoras, atrizes, figurinistas e etc.), mas infelizmente algumas não foram de acordo, não deixaram claro o porque, mas com o decorrer da discussão conseguimos conquistar a confiança de uma que não havia concordado, restaram duas para que a decisão fosse unânime e acreditamos que conseguiremos conquistá-las também, sem, no entanto, coagi-las a seguir a n ossa proposta. O eixo central desse projeto é que ele seja construído pelo grupo e que a percepção norteadora seja fruto de todas elas. Finalizamos então o nosso encontro com um lanche oferecido por elas e saímos de lá cheios de expectativas para o próximo encontro.

Jéssica Ashour
Graduando Em Farmácia.
Ronaldo Santiago
Psicólogo em Formação.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Reunião de pais na Associação da Criança e Familia.



Hoje foi realizada a primeira reunião com os pais das adolescentes do projeto Jovem em Ação  da Associação da Criança e Família que atua através de nove sedes espalhadas pela região do Rio Sena. Estiveram presentes Elisson (Enfermeiro da Unidade), a Agente Comunitária Raimunda e os Estudantes Camilla, Gessica e Ronaldo. Juntamente com Mônica (coordenadora deste projeto) e Bernadete (presidente da associação) agendamos uma reunião com os pais das jovens para apresentar a nossa proposta para abordar a sexualidade com as adolescentes. 

No primeiro momento houve uma breve apresentação dos presentes e uma exposição da Associação Criança e Família, explicando o funcionamento, os projetos, a estrutura, as atividades realizadas, etc. Importante realçar que tal associação foi fundada em 1984, num pequeno casebre de madeira e que a sua fundadora, a francesa Bernadete, é moradora da comunidade. Mesmo com recursos escassos e contando com a ajuda de colaboradores e por vezes do governo, tal organização vem realizando um trabalho de base  que consideramos exemplar a muitas instituições que, em tese, deveriam fomentar tais trabalhos, como é o caso das escolas, unidades de saúde e centros de assistência social.

Após este momento, o tema sexualidade foi abordado de forma sutil, porém preciso, o que suscitou um debate muito enriquecedor e fluido entre o grupo. Foram levantadas muitas questões, desde a dificuldade dos pais em dialogar sobre esses temas com os filhos devido aos tabus e preconceitos socialmente construídos. Foi levantado também a importância da informação e da orientação provinda de fontes seguras no auxilio a proteção e da prevenção de gravidez e DSTs, assim como o auto-conhecimento das adolescentes e de uma maior segurança para tomar decisões conscientes. Tentamos desmistificar as crenças que muitas mães traziam de que abordar tais temas incentivariam suas filhas a iniciar a vida sexual. Trouxemos a perspectiva de que quando as informações são trabalhadas responsavelmente e com a participação dos atores envolvidos podem-se transformar em importantes fatores de proteção. Destacamos que a falta de diálogo e abertura acerca das questões que envolvem a sexualidade poderia ser fator de risco, uma vez que para ter sua necessidade de curiosidade saciada, as adolescentes poderiam buscar tais informações de fontes não seguras, assim como podem facilmente sofrer pressão dos parceiros que também não têm tais informações precisas.

Trabalhar a sexualidade para além do sexo, na intenção de co-contrução do saber, partindo sempre da realidade das jovens foi uma proposta bem aceita pelos pais que consideraram muito relevante o trabalho e gostaram bastante do grupo PET. 

Com isso, dia 29/09 realizaremos o primeiro encontro oficial com as adolescentes, dando inicio as atividades. Estamos muito felizes com a recepção que tivemos hoje e em saber da expectativa das adolescentes pela nossa presença, assim como o apoio e participação dos pais, o que nos deixa mais do que ansiosos e esperançosos de realizar mais um trabalho de sucesso.


Camilla Veras
Ronaldo Santiago
Psicólog@s em Formação - UFBA 

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Grupo de adolescentes e sexualidade


O trabalho realizado pelo grupo do PET tem repercutido positivamente na comunidade. Um sinal disso foi o pedido da coordenadora de uma das unidades da Francesa, entidade que trabalha oferecendo suporte as diversas dimensões comunitárias da vida social, para que fizéssemos um trabalho com as adolescentes abordando questões de sexualidade, e com crianças para tratar da violência. Devido as nossas limitações quanto ao tempo, decidimos trabalhar com o grupo de adolescentes e fazer um trabalho mais aprofundado e efetivo. Tivemos uma reunião com a coordenadora e a partir disso esquematizamos a programação, iniciando o grupo com um dia para apresentação de todos que participarão e formação de vínculo. No dia, chegamos à unidade e nos deparamos com um obstáculo: o carro do Distrito havia mudado o dia para a USF Alto do Cruzeiro, mais uma vez, inutilizando todas as nossas tentativas de estar lá no dia que o carro estivesse disponível para nosso trabalho em campo. Contamos com o auxílio do nosso preceptor, que cedeu seu carro e possibilitou a continuidade do trabalho. Podemos sinalizar com isso que fica muito complicado realizar um trabalho de promoção de saúde no território se a Unidade não possui recursos suficientes para a realização de tais trabalhos. Precisamos de investimentos e recursos contingenciados a este tipo de atividade, para que a Atenção Básica possa realizar um trabalho mais efetivo, colocando em prática as determinações legais do serviço proposto.

Ao chegar à creche, encontramos as meninas em aula de dança, num momento descontraído, lanchando e assistindo um filme indicado pelo professor. Embora um tanto retraídas, nos acolheram bem. Chamamos o professor Saulo para explicar nossa proposta de trabalho: a criação de um projeto que refletisse a sexualidade de acordo com a linguagem e experiencias que sejam familiares às meninas, podendo ser um documentário, um clipe, uma revista, o que elas desejarem. A cada encontro haveria uma roda de conversa sobre algum tema que tangencia a questão (namoro, gravidez, masturbação etc.), no sentido de pensar em como ele poderia ser expresso nesse produto final, sendo realizado por etapas, em cada dia. Pensando nisso como uma atividade conjunta, poderemos incluir a dança na atividade, uma vez que está posta a relação entre sexualidade e dança através do corpo. Ele demonstrou interesse e concordou com a proposta, ressaltando inclusive que as meninas se interessariam em fazer um filme, por exemplo, por gostarem de “aparecer”. Ele fez a ressalva delas serem mais retraídas que a da turma da manhã – na qual houve um incidente envolvendo a sexualidade –, mas que depois elas ficam mais à vontade, e que esse tema precisa ser conversado urgentemente.

Percebemos que o ambiente facilita a execução do projeto por ter os equipamentos que até então era um problema para nós conseguirmos, como computador, câmera, projetor, som. Saímos satisfeitos com o encontro e com muitas expectativas, deixando para a próxima semana uma reunião com a coordenadora (devido à demora entre esse contato e o primeiro, por vários incidentes) para a produção de uma proposta conjunta.

Gessica Aquino
Ronaldo Santiago
Psicólog@s em Formação.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Reunião com agentes comunitárias de saúde

Na ultima reunião (quinta-feira, 26) fizemos uma atividades com as agentes comunitárias, com o intuito de fazê-las refletirem sobre as funções/atividades realizadas por elas. Era um exercício básico de lembrar como era no início, e olhar como está sendo feito na atualidade, destacando o que mudou, quais os fatores contribuíram para tal mudança, e etc. Vou citar-lhes algumas falas: “Parecia que tudo ia prosseguir bem eu tinha uma vontade tão grande de ir para área fazer minhas visitas porque sabia o que ia oferecer para a população. Mas hoje so posso oferecer as consultas de consultório e domiciliar que de dois meses passaram até a ser anual....”
....”e o psf ao longo dos primeiros anos foi ótimo muito bom, funciona na prática quanto no papel. E hoje no papel continua muito lindo mas na prática é uma negação”.... “quando tudo começou, eu era uma ACS cheia de sonhos, energia, cheia de gás; mas com o passar do tempo, fui me decepcionando com o psf, grupos e etc. Hoje me vejo somente como uma funcionária que faz o que lhe é permitido fazer...”
Esses comentários são um pouco do reflexo da crise que os psf’s passam. Os funcionários que tem garra e determinação para fazerem um bom trabalho são influenciados pelas coisas negativas, pela a desvalorização, falta de estrutura.
Essa atividade foi bastante produtiva, pois viabilizou o processo de reflexão: eu não estou fazendo minha parte. Como posso fazer pra recuperar o meu gás?

P.S: Djean 

sábado, 7 de maio de 2011

As relações e a saúde: Proteção? Risco?

No dia 05 de maio de 2011 fomos a USF do Alto do Cruzeiro e levávamos rios de expectativas ao encontro que se daria. A nossa proposta de trabalho e promoção da saúde desta vez está voltada para um grupo de idosos que compõe o grupo HiperDia da Unidade. Havíamos feito um primeiro encontro que foi muito produtivo. Abordamos questões sobre as relações familiares e apesar da semelhança com uma palestra, da qual não é o nosso objetivo que pareça, os senhores e senhoras, avôs e avós, trouxeram seus relatos e aquela troca foi acontecendo e com isso ganhando seu caráter terapêutico. Neste novo encontro as pessoas foram chegando e nós, que havíamos nos programado para uma reunião de planejamento, tivemos que contar com a espontaneidade. A nossa experiência nos demonstrava que os ruídos na comunicação podem acontecer e precisamos estar preparados para todo tipo de situação. Sabíamos também que nem sempre quando a atividade é planejada acontece como imaginamos e que lidar com o novo e inesperado é característica marcante no trabalho da atenção básica. Desta vez pudemos organizar a sala em círculo, o que permitia um contato visual de todos para todos muito rico. Tratamos destas relações familiares abordadas na ultima reunião, mas desta vez destacando os impactos destas na saúde daquelas pessoas, como as relações familiares tornavam-se fatores de risco ou de proteção para a saúde daquelas pessoas.

Uma senhora trazia em seu discurso que se preocupava muito com os filhos, mesmo estes sendo maiores de idade, que não dormia direito e que quando falava com eles não era ouvida, faziam pouco caso da sua preocupação. Deste ponto o grupo já se encontrava aquecido e a condução da atividade não era exclusiva nossa. O diálogo acontecia, as trocas de experiência, os conselhos eram atentamente ouvidos e vários elementos de risco e prevenção foram emergindo.

Um senhor trouxe a idéia que os conflitos nas relações podem ser evitados caso as pessoas tivessem cuidado com a forma que dialogam, o modo como transmitem a mensagem, e ilustrou com uma experiência dele na Unidade. Ao chegar para pedir uma informação, teve que lidar com a falta de simpatia de um funcionário no atendimento. O grupo todo estava atento ao que ele dizia, e muitos expressaram opinião semelhante àquele senhor. Nesse momento, o foco da discussão se modificou completamente, fugindo mais uma vez ao que tinha sido previsto por nós, mas nem por isso foi algo negativo. Entendemos que por ser um conflito compartilhado, poderia ser usado para ilustrar o tema. O senhor foi convidado a reproduzir a cena em quatro situações: como de fato aconteceu (ele como ele mesmo, depois como o funcionário), e como ele gostaria que tivesse acontecido (com a mesma troca de papéis).

Disso surgiu uma coisa importante: a senhora que participou da cena trouxe um elemento que nos chamou a atenção, relativo à informação que a população não tem sobre o que é uma emergência, para assim poder distinguir o serviço prestado pela Unidade e evitar essa falta de entendimento e melhor qualidade na atenção básica. Com isso que foi levantado vamos planejar como levar essa informação de forma clara e simples, a princípio com a ideia de fixar cartazes explicativos na Unidade.

O grupo foi retornando às discussões sobre família e aos poucos a discussão foi se dissipando. Ao fim, todos já estavam com aquela sede do próximo encontro, de ouvir, ser ouvido, de encontrar e partilhar.

- Quando será a próxima palestra?
- Não é palestra, gente... é roda de conversa (risos).

Gessica Aquino e Ronaldo Santiago
Psicólogos em Formação

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Atividade Conjunta

Na sexta feira (29 de abril) a tarde foi realizada uma atividade conjunta no auditório da faculddae De Odontologia- UFBA, tendo como público alvo todos os participantes do PET-UFBa. Infelizmente, devido a uma série de contratempos só estavam presentes da Unidade Alto do Cruzeiro eu: Joslene, a professora Ângela estava em viagem de trabalho e o preceptor Elisson. Esta atividade teve como objetivo apresentar três instituições da rede de apoio a pessoas vitimas da violência da cidade de salvador e região metropolitana.
A apresentação foi muito interessante, principalmente no final quando foi possível a participação da audiência, inclusive com depoimento que exemplificou as dificuldades para notificar e denunciar o abuso sexual contra a criança e adolescente.
A primeira instituição a ser apresentada foi o Centro de Referência Loreta Valadares (CRLV)- Prevenção e Atenção a Mulheres em Situação de Violência, pela Dra. Suely Lobo. Este Centro de Referência se localiza na Estrada de São lázaro, n° 44 Federação, Telefones: 3235-4268/3117-6770. E de forma estratégica para ajudar no acolhimento às mulheres vítimas de qualquer tipo de violência, sua estrutura física é de uma casa confortável, com ampla varanda e terrenos ao ar livre onde se realizam também as atividades terapêuticas. Oferece acompanhamento psicológico, jurídico. Quando identifica algum tipo de violência a criança e adolescente faz o encaminhamento para instituições específicas.
Tem como frentes de atuação:
Atenção- A mulher chega ao centro e é acolhida, sem agendamento, ela pode ir através de encaminhamento ou de forma espontânea. Não é necessário ter dado quixa da violência sofrida na delegacia de polícia.
prevenção
Articulação em rede- que consiste em participação de reuniões com diversas outras instituições que estão envolvidas na rede de atendimento e proteção as vitimas de violência.


A segunda instituição foi o CRADIS- Centro estadual de atenção ao adolescente Isabel Souto, apresentado por Helionora. Este centro está localizado em frente a praia da paciência no Rio Vermelho ( 3117-6729), pode ser agendado visita institucional, que ocorre as quartas-feiras pela manhã para conhecer a estrutura da unidade. Neste Centro são atendidos os/às adolescentes e suas famílias em situação de violência. Eles também estão desenvolvendo atividades de educação permanentes para profissionais de saúde e formação de multiplicadores jovens, além de desenvolver um projeto interno: cuidando dos cuidadores.
Atualmente iniciaram o atendimento ao agressor.
No dia 06 de maio ocorrerá no Instituto Anísio Teixeira- IAT uma vídeo conferencia para todo o estado da Bahia tendo como tema: violência do Adolescente e notificação. Esta vídeo- conferencia é aberta ao público.

A terceira e última instituição a ser apresentada foi o VIVER-Serviço de Atenção a Pessoas em Situação de Violência Sexual por Deborah Cohim. Este serviço é da Secretaria de segurança pública Viver oferece em sua sede, localizada no andar térreo do Instituto Médico Legal Nina Rodrigues (IMLNR), na Avenida Centenário, e outra unidade no Subúrbio Ferroviario em Periperi.
Neste serviço ocorre;
atendimento médico (inclusive com administração de medicamentos como antiretrovirrais, contraceptivo de emergência...)
Acompanhamento psicoterapêutico.
Acompanhamento jurídico
Dra. Débora chama atenção de que a violência sexual é uma violação de direito e que é previsto no código penal como crime, e como tal é obrigatório a denúncia em delegacias de polícia.
Apesar disso o VIVER atende as vitimas mesmo sem ter passado pela delegacia.
Ressalta também de que todo profissional que de alguma forma atende as vitimas de violência sexual, precisamos aprender e entender a ambigüidade que vive a vítima, como ela significa a violência sofrida, geralmente a vitima quer parar, bloquear a violência mais não quer ver o agressor ser punido, quando o agressor mantém relações afetivas com a vítima, é um ente querido, um marido, pai, tio, amigo....
o serviço especializado de assistentes sociais e psicólogos, além de médicos.
O VIVER não atende o agressor.


Na discussão final, mais uma vez foi chamada a atenção para:
1. A necessidade de notificar ao MS, e que não cabe ao profissional de saúde investigar a situação, assim nos casos e nas suspeitas de abuso sexual é obrigatório encaminhar a notificação.
2. E quando a vítima for uma criança ou adolescente é preciso informar legalmente ao conselho tutelar ou a DERCA- Delegacia Especializada de Repressão a Crimes contra a Criança e o Adolescente, tendo o cuidado para não colocar a vítima em situação maior de vulnerabilidade.
3. Sair da nossa Imobilidade apesar de todos as dificuldades no enfrentamento desse problema, que perpassa desde os nossos receios pessoais, até as falhas da rede de apoio as pessoas vitimas de violência, em especial os conselhos tutelares. Podemos começar?
· Realizando a escuta cuidadosa e fazendo a orientação às vitimas de violência;
· Divulgando junto à população o trabalho das instituições dessa rede, que apesar das dificuldades operacionais, estão fazendo um importante trabalho a essas pessoas, chama atenção que a qualidade desse atendimento está diretamente relacionada ao comprometimento dos profissionais envolvidos com estes serviços.
. Implantando a notificação compulsória na unidade de saúde.


Após a atividade, eu e Elisson conversamos e achamos que precisamos iniciar uma discussão interna sobre a notificação e sobre a inserção de atividades ou estrategias de divulgação dessas instituições na comunidade de Alto do Cruzeiro, iniciando com os profissioanis que atuam na Unidade de saúde, achamos também que é importante agendarmos uma visita de um grupo, as dependencais dessas instituições com o objetivo de tirar dúvidas e principalmente estreitar laços, conversando com a Dra Debora sobre esta visita ao VIVER, ela disponibilizou os números dos telefones 3117-6702/6704 para agendarmos com Franciane uma visita.
A importância da divulgação dessas instituições se fortaleceu a partir do relato de que algumas mulheres procuram essas instituições após terem acesso a folders, inclusive uma delas encontrou um folder na sua caixa de correios, o que foi fundamental na sua decisão de romper com o ciclo de violência.


"Só existe opção quando se tem informação...Ninguém pode dizer que é livre para tomar o sorvete que quiser se conhecer apenas o sabor limão." Gilberto Diemnstein

E nós, o que mais podemos fazer diante da violência que nos envolve??