segunda-feira, 21 de junho de 2010

21 de julho de 2010

A visita ao Alto do Cruzeiro hoje foi imaginada de forma pontual. Levei o projeto para que Cleide pudesse avaliar, para justos apresentá-lo à escola. Porém Cleide havia saído pouco tempo antes da minha chegada, pois não estava se sentindo bem, assim informou Cleane, a qual entreguei o projeto. Roberta também não se encontrava e Cleane estava em reunião com a sua equipe. Enfim, escrevi na ata e retornei. Felizmente as ações já estão programadas e em breve estaremos atuando da forma que prescreve o PET-Saúde.

Ronaldo Santiago
Psicólogo em formação (UFBA)
...
"Escola é...
o lugar onde se faz amigos
não se trata só de prédios, salas, quadros,
programas, horários, conceitos...
Escola é, sobretudo, gente,
gente que trabalha, que estuda,
que se alegra, se conhece, se estima.
O diretor é gente,
O coordenador é gente, o professor é gente,
o aluno é gente,
cada funcionário é gente.
E a escola será cada vez melhor
na medida em que cada um
se comporte como colega, amigo, irmão.
Nada de ‘ilha cercada de gente por todos os lados’.
Nada de conviver com as pessoas e depois descobrir
que não tem amizade a ninguém
nada de ser como o tijolo que forma a parede,
indiferente, frio, só.
Importante na escola não é só estudar, não é só trabalhar,
é também criar laços de amizade,
é criar ambiente de camaradagem,
é conviver, é se ‘amarrar nela’!
Ora , é lógico...
numa escola assim vai ser fácil
estudar, trabalhar, crescer,
fazer amigos, educar-se,
ser feliz."

Paulo Freire

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Relatório de Campo Alto do Cruzeiro 27/05/2010

PET – Saúde
Daíze Cedraz Carneiro
Wellma Ribeiro da Silva


Relatório de Campo Alto do Cruzeiro
27/05/2010

No dia 27 de maio visitamos a USF do Alto do Cruzeiro, onde nos deparamos com muitas pessoas aguardando por atendimento. Algumas delas compareceram à unidade no intuito de realizar uma das etapas necessárias para recadastramento do benefício Bolsa Família, outras estavam esperando por atendimento clínico e para participar da campanha de vacinação.
Na unidade fomos recepcionados pela odontóloga Roberta, a qual nos informou que, juntamente com a enfermeira Cleide, acompanharia a realização de nossas visitas/atividades em campo nos dias de quinta à tarde.
Roberta nos informou que nesse dia Cleide estava resolvendo algumas pendências da campanha de vacinação que seria realizada pela USF e que por isso Cleide não iria encontrar conosco.
Fizemos, então, um breve reconhecimento da comunidade - territorialização, procedimento que permite conhecer melhor a área de atuação de uma USF, proporcionando a identificação da população e o planejamento local – juntamente com Roberta e sua ACD. Percorremos algumas ruas, nas quais identificamos falta de pavimentação, de saneamento básico (esgoto a céu aberto) e ruas de difícil acesso o que nos leva a refletir sobre a possível carência de recursos estruturais com as quais essa população convive.
Nesse dia visitamos duas escolas:

1. Armando Carneiro Rocha: Uma escola municipal que oferece ensino fundamental até a 5ª série nos turno matutino, vespertino e noturno. Nela encontramos crianças de até 14 anos de idade. Fisicamente a escola possui uma ampla área, bem iluminada e arejada o que facilita a realização de atividades educativas.

2. Escola Beija Flor: Uma escola particular que oferece ensino fundamental até a 5ª série nos turno matutino e vespertino. Nesta escola há crianças de até 11 anos de idade. Durante visita fomos recepcionados por Dona Neta, proprietária da escola, que se mostrou muito entusiasmada com a proposta do PET. Ela nos revelou que tinha pensado em trabalhar com um grupo de pré-adolescentes, que estuda pela manhã, o tema da violência, pois ela percebia que estes já apresentavam comportamento agressivo. Por conta da realidade vivenciada na escola e pela necessidade de um apoio na educação Dona Neta nos sugeriu trabalharmos com esse grupo. Ela se mostrou bastante disposta a ajudar no que precisássemos.

Depois da visita voltamos à Unidade de saúde onde discutimos os achados na comunidade com Roberta.
Por conta do problema apresentado por Dona Neta pensamos em trabalhar com os estudantes da Escola Beija Flor, devido à clara necessidade de intervenção e por esta possuir um perfil que condiz com o tema proposto pelo PET.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Horário dos alunos na Unidade

Colegas, através da lista que estava na mão de Roberta, da lista de contatos do email e do que eu sei, arrumei o papel de horários pra deixar na unidade. Porém, preciso saber ao certo os dias de algumas pessoas, os cursos e se elas estão no PET ainda porque eu relmente não lembro muito bem...Se essas pessoas puderem acrescentar seus nomes no email seria mais fácil que depois seria só enviar. São elas:Juliana,Welma,Vanessa,Jéssica Oliveira,Tharcio e Daize.


PET SAÚDE 2010

UNIDADE DO ALTO DO CRUZEIRO



Segunda – Feira (Tarde) – Cleide

Camilla Veras (Psicologia)
Ronaldo Santiago (Psicologia)

Quarta - Feira (Manhã) – Roberta


Quarta - Feira (Tarde) – Cleane

Raiana (Farmácia)
Olívia Azevedo (Farmácia)
Leticia (Enfermagem)
Thiago Fiel (Enfermagem)
Ana Paula (Enfermagem)


Quinta - feira (tarde) – Cleide e Roberta



Sexta (manhã) - Elisson

Izadora Miranda (Fonoaudiologia)
Sara Rangel (Fonoaudiologia)
Shirleide Assis (Farmácia)
Gleidson Xavier (Farmácia)
Laise Aires (Odontologia)
Mariana Mendes (Serviço Social)
Ramayana Costa (Serviço Social)



Camilla Veras
Graduanda em Psicologia - UFBA

terça-feira, 8 de junho de 2010

07 de junho de 2010

Hoje o Alto do Cruzeiro estava presente e ao menos havíamos saído da faculdade. Conversávamos sobre como seria o desenrolar das nossas atividades, planejando as nossas ações. Até agora, se me permitem a metáfora, estamos com um quebra cabeça cujas peças não possuímos todas, mas que com alguns esforços compomos um quadro que já podemos vislumbrar as imagens se formando. Começaremos nosso projeto na escola Armando Carneiro da Rocha, com estudantes de uma turma da 4ª série. Há uma turma da 5ª séria que também precisa de um trabalho como o que propomos, mas não poderemos dar conta das duas ao mesmo tempo. Seria muito bom se outro grupo adotasse essa causa. Chegamos ao posto e encontramos Cleane e começamos a projetar as nossas idéias. Trouxemos um esboço de como poderia ser a nossa primeira visita, que tem por fim a criação de um vínculo com a turma, passo estratégico visando à boa qualidade dos próximos encontros, destinados ao diálogo sobre as diversas questões implícitas e explícitas que o PET-Saúde propõe abordar. Segue o projeto que apresentaremos à escola com o a descrição do primeiro encontro e peço a colaboração de todos nos ajustes e idéias que possam enriquecer o trabalho:


UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
PET SAÚDE DA FAMILIA






PROJETO DA EQUIPE DO PET- SÁUDE ALTO DO CRUZEIRO
ESCOLA ARMANDO CARNEIRO DA ROCHA



Preceptor: Cleide
Estudantes: Camilla Veras e Ronaldo Santiago
Curso: Psicologia – UFBA


Para a realização da atividade solicitamos da escola oito encontros quinzenais ou semanais com a turma do 4º ano, no turno vespertino das segundas-feiras. Cada encontro de duração aproximada de 2h, começando 14h20 e terminando às 16h20.



1º encontro – Apresentação/ Formação de Vínculo


A sala deverá ser arrumada em circulo para inicio das atividades, o que permite que todos possam olhar para todos. Logo em seguida nos apresentaremos aos estudantes (quem somos, o que fazemos, o que queremos, de onde viemos) e iremos propor uma dinâmica de apresentação para que eles se apresentem de forma lúdica e diferente.

A dinâmica começa com a distribuição de crachás aos estudantes onde eles escreverão seus respectivos nomes. Ao som de uma música eles caminharão pela sala como forma de aquecer e de se separar dos “grupinhos’’ pré-estabelecidos. Diante do comando de um dos orientadores, eles devem parar no local em que estiverem da sala e se juntar com a pessoa mais próxima formando duplas. Neste momento, eles deverão sentar com suas duplas e num tempo aproximado de 10 minutos devem compartilhar com o colega uma história marcante, engraçada ou inusitada que ocorreu durante o seu período naquela instituição.
Após esse momento de diálogo, a sala é arrumada novamente em circulo com as duplas lado a lado e um pouco separadas para dar evidência. Eles deverão trocar os crachás e se apresentarem como “se fosse o outro” dizendo o nome do colega e contando o caso que o colega contou, como se ele tivesse apresentando a si mesmo. Essa parte da dinâmica tem três objetivos principais, o primeiro é colhermos através das histórias o dia-dia desses estudantes; tornar o processo de apresentação interativo e engraçado, permitindo que o registro afetivo do encontro significativo, e o mais importante, colocarmos os alunos na posição de ser o outro no momento em que se apresenta, levantando, portanto, o questionamento final de: como foi ser o colega?
No segundo momento, vamos sugerir algumas opções de temas que poderão ser abortados num próximo encontro. Deixaremos que eles escolham. Os temas serão: Sexualidade, Drogas, Violência. Diante da escolha deles, será solicitado que escrevam perguntas em pedaços de papéis, sem identificação e coloquem numa caixa levada por nós.
Essa caixa nos dará base para a formulação do próximo encontro. O encontro vai ser baseado nas principais dúvidas e a depender do tema e dos questionamentos trazidos pelos alunos pensaremos as melhores estratégias para abordarmos o assunto no encontro seguinte. Filmes, palestras, teatro, música, jornais, júri simulado, debates, enfim, são apenas exemplos de formas lúdicas e interativas de chegarmos ao objetivo final desse projeto que é atingir essas crianças levando, sobretudo informação e esperança de modificar a sua realidade.
Ao fim de cada dia, os alunos devem se expressar num mural que ficará na sala até o final do ano (quando terminaria o projeto). Neste mural eles colocarão sentimentos ou pensamentos referentes ao dia, para termos um termômetro e uma bússola da condução do nosso trabalho.
Uma avaliação com os pais em forma de questionário também será proposta antes de darmos inicio as atividades, e teria como principal objetivo colhermos as opiniões dos pais sobre o que deveríamos abordar com os seus filhos e termos uma avaliação antes e depois do trabalho para percebemos se houve mudança significativa ou não.
Enfim, esse projeto encontra-se permanentemente em aberto a atualizações ao longo do desenvolvimento da atividade com os estudantes. Ele estará sempre flexível ao que ocorrer, respeitando sempre o devir, de forma a estarmos procurando maneiras mais eficazes de abordar temas tão importantes, mas muitas vezes desconhecidos.


Ronaldo Santiago
Psicólogo em Formação (UFBA)

domingo, 6 de junho de 2010

Compartilhando com os colegas...

...

Não é possível refazer esse país, democratizá-lo,
Humanizá-lo, torná-lo sério,
Com adolescentes brincando de matar gente,
Ofendendo a vida, destruindo o sonho e
Inviabilizando o amor.
Se a educação, sozinha,
Não transforma a sociedade,
Sem ela, tampouco, a sociedade muda.

Se a nossa opção é progressista,
Se estamos a favor da vida e não da morte,
Da equidade e não da injustiça,
Do direito e não do arbítrio,
Da convivência com o diferente
E não sua negação,
Não temos outro caminho,
Se não viver plenamente nossa opção.
Encarná-la, diminuindo, assim,
A distância entre o que dizemos e o que fazemos!

(Paulo Freire)