sábado, 28 de agosto de 2010

Atividade na escola Armando Carneiro da Rocha

Foi realizada no dia 26/08 (quinta-feira) a terceira atividade na escola Armando Carneiro da Rocha, participaram da atividade os alunos Camilla, Ronaldo e Raiana, as preceptoras Roberta e Cleide, uma AC e o mais novo petiano, Uesley. A atividade anteriormente planejada (uma peça), que pretendia abordar o tema da violência, especificamente a que acontece na sala de aula, de um modo com que os estudantes pudessem se identificar e se senssibilizar precisou ser cancelada devido a um contratempo intra-classe que encontramos. Assim que chegamos à escola e nos apresentamos na sala, havia um clima de tensão. O que constava era que a turma não se comportara muito bem, sendo um dos meninos penalizados pelo seu compotamento. Não havia como ignorar tal fato e apenas apresentar a representação cênica. Não encontravamos clima e mesmo que contornassemos a situação estariamos indo de encontro com o tipo de trabalho que estamos dispostos a realizar. Precisavamos abordar a violência no seu aspécto fenomenológico, ou seja, sair da abstração e enfrentar os fatores concretos, assim como a experiência nos apresenta. Devido a isso, resolvemos modificar o formato do nosso trabalho e batemos um papo a respeito da violência no âmbito escolar, tentando sempre de maneira sutil abordar os fatores que levaram a turma ao estado de tensão. A discussão rendeu algumas análises, apesar dos alunos estarem bastante inquietos. Foi possivel perceber que eles sabem e compreendem muito bem a respeito do tema teoricamente, porém práticam esse tipo de violência muitas vezes de forma insconsicente, o que demonstra que é um trabalho que deve ser feito principalmente com os educadores tanto no âmbito familiar como no institucional, afim de amenizar essa cultura da violência, já tão enraizada no cotidiano daquelas crianças. Alguns deles alegavam que praticavam a violência muito em função das provocações que sofriam, numa reprodução prática de um ditado popular que diz: "não leve desaforo para casa, não fique apanhado". Mas as esperanças continuam. Podemos notar que o vínculo estabelecido no primeiro encontro tem se fortalecido a cada encontro e esperamos representar boas referencias na vida dessas crianças no que tange a superação dessa cultura da violência.
Camila Veras
Ronaldo Santiago
Psicólogos em Formação (UFBA)

domingo, 22 de agosto de 2010

Atividade na Escola Estadual Sara Valéria Kértesz

Depois de tantos contratempos, em fim foi possível realizar a primeira intervenção na Escola Estadual Sara Kértesz. Participaram desta atividade as AC's Cristina, Rose e Rosália, além das estudantes Sara e Izadora.
Para este primeiro momento, realizou-se uma dinâmica de apresentação, na qual os alunos deveriam dizer seus nomes e algo que os interessasse, surgiram diferentes coisas, como: animais, frutas, conversar, futebol, hip hop e etc. Assim, conhecemos um pouco mais sobre cada um.
O comportamento da turma nos surpreendeu positivamente, foram bastante participativos e respeitadores, sabendo o momento de ouvir e de falar. Antes de iniciar a atividade proposta, estabelecemos alguns compromissos que deverão ser seguidos nos próximos encontros, como respeito, paciência, participação, entre outros, sugeridos pelos próprios alunos.
Em seguida, colocamos no quadro algumas sugestões de temas para trabalharmos nos próximos encontros, os alunos deveriam escrever em um pedaço de papel, que lhes foi entregue, qual dos temas eles preferiam, além disso colocariam uma pergunta a cerca do tema escolhido. A maioria dos alunos escolheu o tema "drogas", em segundo lugar "violência" e por último "sexualidade".
Aparentemente os alunos ficaram com boas expectativas em relação as nossas atividades, quando perguntamos o que esperam desses encontros, em geral, eles responderam que acham que será divertido e aprenderão coisas novas. Ou seja, eles estão bem receptivos para a nossa atuação e devemos aproveitar este espaço.

Sara Rangel
Estudante do Curso de Fonoaudiologia

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

O que é violência?

Hoje foi a segunda atividade realizada na escola Armando Carneiro da Rocha com a turma do 4º ano. O tema escolhido para darmos inicio ao trabalho foi Violência, uma vez que este obteve destaque no discurso e nas dúvidas colhidas entre os estudantes no ultimo encontro que promovemos. Nós dividimos a classe em três grupos, coordenados por dois membros para cada grupo. Presentes estavam Camilla, Ronaldo, Raiana, Cleide, Roberta e Cristina e em formato dialético retratamos o tema.

Foi abordado os principais conceitos de violência, como ela se manifesta, os tipos, a opinião dos alunos a respeito do tema, como agem em função disso, promovendo assim uma leitura de mundo, e dessa forma estimulamos os estudantes à reflexão acerca destas questões e os calocando numa posição de sujeitos ativos na construção do conhecimento. Logo após houve uma discussão sobre uma cultura de paz com um diálogo sobre o que eles deveriam fazer para evitar ou solucionar esse problema. Estudar, trabalhar, não usar drogas, obedecer os pais, foram alguns dos exemplos trazidos pelas próprias crianças. Conseguimos demonstrar também que a violência está nos pequenos atos, cometida muitas vezes por eles próprios no próprio contexto de sala de aula. Solicitamos que eles confeccionassem murais explicitando o seu ponto de vista a respeito da violência e do que gostariam ou deveriam fazer para combatê-la e apresentaram isso para toda classe. Na confecção destes murais foi aberto a oportunidade que os estudantes pudessem expressar da melhor forma que podiam tais questões, pois compreendemos o papel das diversas linguagens e expressões para o processo de conhecimento e conscientização.

Os momentos de discussão foram muito ricos, pudemos ter acesso a informações que revelam o cotidiano e os pensamentos daquelas crianças, a interação entre elas durante a execução das tarefas, o trabalho em equipe, o interesse pelo tema, foram algum dos principais motivos que fizeram com que esse segundo encontro tivesse um êxito além do esperado e que fosse bastante gratificante para nós do PET. Eles foram muito receptivos, colaboram com nosso trabalho, estavam bastante entretidos o que só ajudou a solidificar ainda mais o nosso vinculo para com eles e a nossa esperança de realizar um trabalho educativo de base com aquele grupo.


Camilla Veras
Ronaldo Santiago
Psicólogos em Formação (UFBA)