segunda-feira, 26 de abril de 2010

Visita a Unidade do Alto do Cruzeiro


Hoje foi a minha primeira visita a Unidade de Saúde da Familia do Alto do Cruzeiro. Juntamente com Gleidson e a professora Ângela Pontes, saimos com a Kombi da Universidade e fomos para o subúrbio ferroviário. A medida que iamos nos afastando do centro da cidade, o cenário ia se modificando, dando lugar a uma região mais humilde, de pequenas casas e pouca infra-estrutura dos grandes centros urbanos.

O posto fica numa área bem localizada do bairro, perto de uma praça central onde há grande circulação de moradores. E possui uma estrutura recente, um prédio com instalações novas, fisicamente ogranizado, com um espaço razoável e sub-dividido em salas onde os profissionais atendem. Hoje pela manhã, a unidade estava cheia. Devido a vacinação e uma atividade do Dia do Hipertenso, muitos habitantes da comunidade, entre crianças e idosos, estavam presentes.

Nosso primeiro contato na Unidade foi com a enfermeira Cleane, uma das nossas preceptoras, ela nos mostrou todas as instalações e toda a unidade e nos apresentou a maioria dos profissionais que estavam lá presentes incluindo os nossos outros três preceptores: Elison (enfermeiro), Roberta (dentista) e Cleide (enfermeira e não médica como achavamos). Junto com eles e mais uma assistente social conversamos a respeito do projeto e de como seria o nosso trabalho lá. A principio eles falaram do funcionamento do posto, das visitas e das limitações relacionadas a transporte que eles teriam para fazer uma atividade de campo na comunidade. O tema violência também foi bastante ressaltado por eles, que afirmaram que naquela região é um problema alarmante e que aquela unidade é uma das mais perigosas do subúrbio. Contaram também, casos e situações recorrentes na área, como assasinatos, confronto entre traficante e policiais, e situações que me deixaram um tanto apreensiva no momento, a exemplo de uma agente comunitária já ter sido feita réfem no momento em que presenciou um confronto entre traficantes e policiais e de uma profissional do posto precisar ser transferida devido ameaças por não ter atendido de forma esperada ao paciente que tinha envolvimento com o crime local.

Enfim, a temática da violência no bairro Alto do Cruzeiro merece uma atenção maior e contempla o objetivo do nosso projeto, dando espaço pra trabalhos que possam gerar frutos importantes para a comunidade.

De forma geral, as preceptoras mostraram certa inexperiência com esse tipo de trabalho do PET na unidade, já que também é o primeiro ano do PET- SAÚDE no posto do Alto de Cruzeiro. Assumiram, portanto, o compromisso de nos orientar com relação a nossas possibilidades, mas que seria um processo de construção mútua já que elas também estão despreparadas e inexperientes com relação a este novo modelo de trabalho. No mais, minhas perspectivas foram positivas e vejo que se o grupo se manter unido e estiver sempre se comunicando poderemos atuar e criar um projeto favorável para nós e para os membros da comunidade do Alto do Cruzeiro.


Camilla Veras
Graduanda em Psicologia - UFBA

sábado, 24 de abril de 2010

26 de abril

A segunda reunião aconteceu na Escola de Farmácia e o objetivo ainda foi preliminar. Descobrimos como chegar ao posto de saúde da família do Alto do Cruzeiro. Discutimos ricamente sobre temas como Bulling (um pouco mais aprofundado desta vez), estrutura dos postos de saúde, experiências passadas com trabalhos nas comunidades e as possíveis dificuldades.
Os preceptores que irão nos acompanhar em campo serão:
Cleane Leal – enfermeira;
Elison Martins – enfermeiro
Roberta Epstein – dentista
Cleide Henriqueta – enfermeira
Uma primeira visita de reconhecimento foi marcada para 26 de abril, pela manhã. Poucos poderão ir, mesmo assim será precioso o relato desses do que perceberam. Eu não poderei ir, pois terei aula pela manhã, mas gostaria muito de estar nesse primeiro contato.

Ronaldo Santiago,
graduando de Psicologia (UFBA), 3º semestre.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde

A idéia do PET-Saúde, segundo as orientadoras Ângela Pontes e Joslene Barreto, é trabalhar com a promoção da saúde e a notificação da violência. Atuando em Postos de Saúde da Família (PSF’s), no âmbito da atenção básica, através de serviços mantidos pelo município, visamos atender comunidades onde o acesso a esses serviços e informações tem pouca difusão. Esse trabalho terá duração de 1 ano, mas espero que permaneça por muito mais tempo. Esse blog tem como objetivo o registro das atividades desenvolvidas, servindo como um diário de bordo.
A primeira reunião com o grupo que irá atuar em Alto do Cruzeiro aconteceu em 16 de Abril de 2010, na faculdade de farmácia. As orientadoras falaram um pouco sobre o projeto, sobre a ação que estaríamos desenvolvendo, da comunidade, das experiências passadas no programa, do acompanhamento dos preceptores (agentes de saúde pública) para a promoção de atividades que envolvam ensino, pesquisa e extensão. Falamos sobre o tema da violência, do bulling (violência entre iguais), e de como poderíamos intervir e ajudar nestas questões. Ainda não temos uma data certa para conhecer o posto ou a localidade.
Acredito que boas construções temos pela frente e realmente acredito nesse paradigma da interdisciplinaridade, integrando teoria e a prática, sob diversos olhares, na tentativa entender e intervir em fenômenos sociais complexos como é o caso da violência. O contato com a comunidade será tão enriquecedor que extrapola qualquer quantificação.

Ronaldo Santiago,
graduando de Psicologia (UFBA), 3º semestre.