Foi realizada no dia 26/08 (quinta-feira) a terceira atividade na escola Armando Carneiro da Rocha, participaram da atividade os alunos Camilla, Ronaldo e Raiana, as preceptoras Roberta e Cleide, uma AC e o mais novo petiano, Uesley. A atividade anteriormente planejada (uma peça), que pretendia abordar o tema da violência, especificamente a que acontece na sala de aula, de um modo com que os estudantes pudessem se identificar e se senssibilizar precisou ser cancelada devido a um contratempo intra-classe que encontramos. Assim que chegamos à escola e nos apresentamos na sala, havia um clima de tensão. O que constava era que a turma não se comportara muito bem, sendo um dos meninos penalizados pelo seu compotamento. Não havia como ignorar tal fato e apenas apresentar a representação cênica. Não encontravamos clima e mesmo que contornassemos a situação estariamos indo de encontro com o tipo de trabalho que estamos dispostos a realizar. Precisavamos abordar a violência no seu aspécto fenomenológico, ou seja, sair da abstração e enfrentar os fatores concretos, assim como a experiência nos apresenta. Devido a isso, resolvemos modificar o formato do nosso trabalho e batemos um papo a respeito da violência no âmbito escolar, tentando sempre de maneira sutil abordar os fatores que levaram a turma ao estado de tensão. A discussão rendeu algumas análises, apesar dos alunos estarem bastante inquietos. Foi possivel perceber que eles sabem e compreendem muito bem a respeito do tema teoricamente, porém práticam esse tipo de violência muitas vezes de forma insconsicente, o que demonstra que é um trabalho que deve ser feito principalmente com os educadores tanto no âmbito familiar como no institucional, afim de amenizar essa cultura da violência, já tão enraizada no cotidiano daquelas crianças. Alguns deles alegavam que praticavam a violência muito em função das provocações que sofriam, numa reprodução prática de um ditado popular que diz: "não leve desaforo para casa, não fique apanhado". Mas as esperanças continuam. Podemos notar que o vínculo estabelecido no primeiro encontro tem se fortalecido a cada encontro e esperamos representar boas referencias na vida dessas crianças no que tange a superação dessa cultura da violência.
Camila Veras
Ronaldo Santiago
Psicólogos em Formação (UFBA)