Hoje o Alto do Cruzeiro estava presente e ao menos havíamos saído da faculdade. Conversávamos sobre como seria o desenrolar das nossas atividades, planejando as nossas ações. Até agora, se me permitem a metáfora, estamos com um quebra cabeça cujas peças não possuímos todas, mas que com alguns esforços compomos um quadro que já podemos vislumbrar as imagens se formando. Começaremos nosso projeto na escola Armando Carneiro da Rocha, com estudantes de uma turma da 4ª série. Há uma turma da 5ª séria que também precisa de um trabalho como o que propomos, mas não poderemos dar conta das duas ao mesmo tempo. Seria muito bom se outro grupo adotasse essa causa. Chegamos ao posto e encontramos Cleane e começamos a projetar as nossas idéias. Trouxemos um esboço de como poderia ser a nossa primeira visita, que tem por fim a criação de um vínculo com a turma, passo estratégico visando à boa qualidade dos próximos encontros, destinados ao diálogo sobre as diversas questões implícitas e explícitas que o PET-Saúde propõe abordar. Segue o projeto que apresentaremos à escola com o a descrição do primeiro encontro e peço a colaboração de todos nos ajustes e idéias que possam enriquecer o trabalho:
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
PET SAÚDE DA FAMILIA
PROJETO DA EQUIPE DO PET- SÁUDE ALTO DO CRUZEIRO
ESCOLA ARMANDO CARNEIRO DA ROCHA
Preceptor: Cleide
Estudantes: Camilla Veras e Ronaldo Santiago
Curso: Psicologia – UFBA
Para a realização da atividade solicitamos da escola oito encontros quinzenais ou semanais com a turma do 4º ano, no turno vespertino das segundas-feiras. Cada encontro de duração aproximada de 2h, começando 14h20 e terminando às 16h20.
1º encontro – Apresentação/ Formação de Vínculo
A sala deverá ser arrumada em circulo para inicio das atividades, o que permite que todos possam olhar para todos. Logo em seguida nos apresentaremos aos estudantes (quem somos, o que fazemos, o que queremos, de onde viemos) e iremos propor uma dinâmica de apresentação para que eles se apresentem de forma lúdica e diferente.
A dinâmica começa com a distribuição de crachás aos estudantes onde eles escreverão seus respectivos nomes. Ao som de uma música eles caminharão pela sala como forma de aquecer e de se separar dos “grupinhos’’ pré-estabelecidos. Diante do comando de um dos orientadores, eles devem parar no local em que estiverem da sala e se juntar com a pessoa mais próxima formando duplas. Neste momento, eles deverão sentar com suas duplas e num tempo aproximado de 10 minutos devem compartilhar com o colega uma história marcante, engraçada ou inusitada que ocorreu durante o seu período naquela instituição.
Após esse momento de diálogo, a sala é arrumada novamente em circulo com as duplas lado a lado e um pouco separadas para dar evidência. Eles deverão trocar os crachás e se apresentarem como “se fosse o outro” dizendo o nome do colega e contando o caso que o colega contou, como se ele tivesse apresentando a si mesmo. Essa parte da dinâmica tem três objetivos principais, o primeiro é colhermos através das histórias o dia-dia desses estudantes; tornar o processo de apresentação interativo e engraçado, permitindo que o registro afetivo do encontro significativo, e o mais importante, colocarmos os alunos na posição de ser o outro no momento em que se apresenta, levantando, portanto, o questionamento final de: como foi ser o colega?
No segundo momento, vamos sugerir algumas opções de temas que poderão ser abortados num próximo encontro. Deixaremos que eles escolham. Os temas serão: Sexualidade, Drogas, Violência. Diante da escolha deles, será solicitado que escrevam perguntas em pedaços de papéis, sem identificação e coloquem numa caixa levada por nós.
Essa caixa nos dará base para a formulação do próximo encontro. O encontro vai ser baseado nas principais dúvidas e a depender do tema e dos questionamentos trazidos pelos alunos pensaremos as melhores estratégias para abordarmos o assunto no encontro seguinte. Filmes, palestras, teatro, música, jornais, júri simulado, debates, enfim, são apenas exemplos de formas lúdicas e interativas de chegarmos ao objetivo final desse projeto que é atingir essas crianças levando, sobretudo informação e esperança de modificar a sua realidade.
Ao fim de cada dia, os alunos devem se expressar num mural que ficará na sala até o final do ano (quando terminaria o projeto). Neste mural eles colocarão sentimentos ou pensamentos referentes ao dia, para termos um termômetro e uma bússola da condução do nosso trabalho.
Uma avaliação com os pais em forma de questionário também será proposta antes de darmos inicio as atividades, e teria como principal objetivo colhermos as opiniões dos pais sobre o que deveríamos abordar com os seus filhos e termos uma avaliação antes e depois do trabalho para percebemos se houve mudança significativa ou não.
Enfim, esse projeto encontra-se permanentemente em aberto a atualizações ao longo do desenvolvimento da atividade com os estudantes. Ele estará sempre flexível ao que ocorrer, respeitando sempre o devir, de forma a estarmos procurando maneiras mais eficazes de abordar temas tão importantes, mas muitas vezes desconhecidos.
Ronaldo Santiago
Psicólogo em Formação (UFBA)
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
PET SAÚDE DA FAMILIA
PROJETO DA EQUIPE DO PET- SÁUDE ALTO DO CRUZEIRO
ESCOLA ARMANDO CARNEIRO DA ROCHA
Preceptor: Cleide
Estudantes: Camilla Veras e Ronaldo Santiago
Curso: Psicologia – UFBA
Para a realização da atividade solicitamos da escola oito encontros quinzenais ou semanais com a turma do 4º ano, no turno vespertino das segundas-feiras. Cada encontro de duração aproximada de 2h, começando 14h20 e terminando às 16h20.
1º encontro – Apresentação/ Formação de Vínculo
A sala deverá ser arrumada em circulo para inicio das atividades, o que permite que todos possam olhar para todos. Logo em seguida nos apresentaremos aos estudantes (quem somos, o que fazemos, o que queremos, de onde viemos) e iremos propor uma dinâmica de apresentação para que eles se apresentem de forma lúdica e diferente.
A dinâmica começa com a distribuição de crachás aos estudantes onde eles escreverão seus respectivos nomes. Ao som de uma música eles caminharão pela sala como forma de aquecer e de se separar dos “grupinhos’’ pré-estabelecidos. Diante do comando de um dos orientadores, eles devem parar no local em que estiverem da sala e se juntar com a pessoa mais próxima formando duplas. Neste momento, eles deverão sentar com suas duplas e num tempo aproximado de 10 minutos devem compartilhar com o colega uma história marcante, engraçada ou inusitada que ocorreu durante o seu período naquela instituição.
Após esse momento de diálogo, a sala é arrumada novamente em circulo com as duplas lado a lado e um pouco separadas para dar evidência. Eles deverão trocar os crachás e se apresentarem como “se fosse o outro” dizendo o nome do colega e contando o caso que o colega contou, como se ele tivesse apresentando a si mesmo. Essa parte da dinâmica tem três objetivos principais, o primeiro é colhermos através das histórias o dia-dia desses estudantes; tornar o processo de apresentação interativo e engraçado, permitindo que o registro afetivo do encontro significativo, e o mais importante, colocarmos os alunos na posição de ser o outro no momento em que se apresenta, levantando, portanto, o questionamento final de: como foi ser o colega?
No segundo momento, vamos sugerir algumas opções de temas que poderão ser abortados num próximo encontro. Deixaremos que eles escolham. Os temas serão: Sexualidade, Drogas, Violência. Diante da escolha deles, será solicitado que escrevam perguntas em pedaços de papéis, sem identificação e coloquem numa caixa levada por nós.
Essa caixa nos dará base para a formulação do próximo encontro. O encontro vai ser baseado nas principais dúvidas e a depender do tema e dos questionamentos trazidos pelos alunos pensaremos as melhores estratégias para abordarmos o assunto no encontro seguinte. Filmes, palestras, teatro, música, jornais, júri simulado, debates, enfim, são apenas exemplos de formas lúdicas e interativas de chegarmos ao objetivo final desse projeto que é atingir essas crianças levando, sobretudo informação e esperança de modificar a sua realidade.
Ao fim de cada dia, os alunos devem se expressar num mural que ficará na sala até o final do ano (quando terminaria o projeto). Neste mural eles colocarão sentimentos ou pensamentos referentes ao dia, para termos um termômetro e uma bússola da condução do nosso trabalho.
Uma avaliação com os pais em forma de questionário também será proposta antes de darmos inicio as atividades, e teria como principal objetivo colhermos as opiniões dos pais sobre o que deveríamos abordar com os seus filhos e termos uma avaliação antes e depois do trabalho para percebemos se houve mudança significativa ou não.
Enfim, esse projeto encontra-se permanentemente em aberto a atualizações ao longo do desenvolvimento da atividade com os estudantes. Ele estará sempre flexível ao que ocorrer, respeitando sempre o devir, de forma a estarmos procurando maneiras mais eficazes de abordar temas tão importantes, mas muitas vezes desconhecidos.
Ronaldo Santiago
Psicólogo em Formação (UFBA)
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